Desde a manhã até a noite, podemos ser tomadas pelo medo, tanto físico quanto moral e psicológico. O coração parece mudar e bate na garganta; a boca fica tão seca que cola; as pernas e as mãos tremem tanto que parecem bambus atingidos por um vendaval… O que mais me intriga é que somos tão firmes, espertas, capazes, cheias de atitude, audazes e às vezes, tornamo-nos incapazes, insignificantes diante de pequeninas situações. E quanto mais pensamos na situação ou olhamos para ela, seu volume vai crescendo tanto, de tal maneira, que rouba nossa capacidade de raciocínio, transformando-se numa grande muralha. E o medo toma conta de nossa mente e nem parecemos mais as “donas do mundo”, tão seguras de nós mesmas…
Não consigo entender esse contraste! E como é difícil! Sabe qual é o segredo para nos livrarmos do medo? Conhecê-lo. Enfrentá-lo. Administrá-lo. Como somos espertas, geralmente conseguimos disfarçar o medo através da atenção, da bondade, da delicadeza… Também podemos disfarçá-lo com palavras mais rudes, mais grosseiras, do desprezo, da indiferença. Qual das duas diferenças você enfrenta seus medos? Mas não adianta disfarçar. Mais cedo ou mais tarde, antes que ele se transforme num “muro de Jericó”, precisamos encará-lo de frente.
O que é o medo? Um limite. É o irmão da timidez. Que dupla! Como é horrível ser tímida! Preciso confessar: eu era muito tímida! Ainda sou um pouco, dependendo da situação. É o meu medo, o meu limite! É uma fraqueza? Não sei! Mas conhecê-lo foi um caminho para a libertação. O medo não é uma coisa. É um sentimento e só existe em nossa mente. Se tem um nome, fica mais facil dominá-lo, controlá-lo. O medo nos escraviza. É como uma gaiola. Perdemos nossa liberdade e com ela, a nossa felicidade. Faz nossa vida ficar pequena e acaba nos fazendo viver pela metade.
O historiador Tito Lívio disse que “o medo está sempre disposto a ver as coisas piores do que elas são”. Vou citar apenas quatro exemplos de mulheres corajosas que enfrentaram e suplantaram seus medos (ou você pensa que em algum momento elas não sentiram medo?).
Já imaginou se Rute (Rt 1.5) ficasse com medo quando Noemi mandou-a de volta para sua família no meio do caminho? Se Débora e Jael (Jz 4) ficassem com medo de enfrentar os cananeus? Se Esther (Et 5.1-2) tivesse medo de comparecer frente ao rei, seu marido, sem ser chamada/convidada? Mais uma vez trago à tona “nossas máscaras”. Quando jogarmos fora todas as máscaras, o medo não mais nos amedrontará, não mais nos intimidará, não mais nos abalará.
Querida “preciosa de Deus”. Se você está atravessando uma fase de “medo” por algo, lembre-se que o amor de Deus gera em nós toda a certeza, a segurança, a coragem, a capacidade sem reservas, que precisamos para superá-lo. Pense em Rute, Débora, Jael, Esther e tantas outras mulheres da Bíblia ou que estão ao seu redor. Se elas conseguiram, você também conseguirá. Confie em Deus. Entregue seu medo para Ele. Com o amor de Deus, todos os nossos medos serão libertados”. (1Jo 4.18)
A chama do amor de Deus está em nós. Essa chama queima todo temor, todo medo, faz todas as coisas novas. E a cada dia, tudo se renova… E para você “preciosa da Deus”, deixo para reflexão, o Versículo 1 do Salmo 27: “O Senhor é a minha luz e salvação: de quem terei medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida: frente a quem temerei?”
Um abraço, Geani.
Retirado do blog Eu sou preciosa.
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